Creo que nunca he escuchado una afinación tan ajustada, tan
sensible, hasta el punto de tornarse doliente, pues duele de tanto feeling que
le pone esa voz a las palabras. La experiencia de escuchar una letra en su voz
la hace única, irrepetible. Las palabras cobran vida, restallan, titilan, se
quedan resonando en nuestros pechos y en esa esfera donde los sonidos se nos
quedan habitando en ecos y destellos, como hospedándose en un baúl de
murmullos. Hay algunas fallas de origen, pero a pesar de ello se puede apreciar
casi que con los poros esos detalles que señalamos...
Me he tenido que amarrar las manos para no seguir
disparando sus cantos, pues dirán:
-Bueno y a este señor qué le pasa que no suelta a la Elis?
Está obsesivo.
Pero a riesgo de parecer excesivo es que voy a seguir
compartiendo algunos de esos cantos de esta amada Sibila que canta con el
corazón de la tierra. Porque no creo, en realidad, que se trate de una obsesión
sino de mera extrañeza de lo natural, como reza esta canción (palabra cierta!)
al final, cuando vuelvo a escucharla, justo cuando acababa de escribir estas
palabras...
Abajo va el enlace para quien quiera ir y escuchar un
corazón entregado, antes dejamos la letra.
Les dejamos pues con Essa Mulher ....
Salud!
lacl
Essa Mulher
Elis Regina
De manhã cedo essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a louça, seca os olhos
Ah, como essa santa não se esquece, de pedir pelas mulheres
Pelos filhos, pelo pão
Depois, sorri meio sem graça
E abraça aquele homem, aquele mundo
Que a faz, assim feliz
De tardezinha, essas menina se enamora
Se enfeita se decora, sabe tudo, não faz mal
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista
Isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia
De algum dia qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada, essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enlouquece
Nessa boca, nesse chão
Depois, parece que acha graça
E agradece ao destino aquilo tudo
Que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em que esbarro a toda hora
Nos espelhos casuais
É feita de sombra e tanta luz
De tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo, natural
Essa Mulher
Elis Regina
De manhã cedo essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a louça, seca os olhos
Ah, como essa santa não se esquece, de pedir pelas mulheres
Pelos filhos, pelo pão
Depois, sorri meio sem graça
E abraça aquele homem, aquele mundo
Que a faz, assim feliz
De tardezinha, essas menina se enamora
Se enfeita se decora, sabe tudo, não faz mal
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista
Isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia
De algum dia qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada, essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enlouquece
Nessa boca, nesse chão
Depois, parece que acha graça
E agradece ao destino aquilo tudo
Que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em que esbarro a toda hora
Nos espelhos casuais
É feita de sombra e tanta luz
De tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo, natural
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