Soy un evadido.
Luego que nací
en mí me encerraron
pero yo me fui.
La gente se cansa
Del mismo lugar.
¿De estar en mí mismo
No me he de cansar?
Mi alma me busca
Por montes y valles.
Ojalá que nunca
Mi alma me halle
Ser uno es cadena.
No ser es ser yo.
Huyéndome vivo
Y así vivo estoy.
Fernando Pessoa, de su Cancionero.
Un poeta, sin duda, de otra galaxia o de todas las galaxias...
La versión es de Octavio Paz tomada de su libro Versiones y diversiones, publicado por Editorial Joaquín Mortiz, primera edición, enero de 1974, México. Cayó en mis manos muy tempranamente, gracias al desprendimiento de un querido hermano, Simón Zamora Pérez, quien la había comprado en una de sus itinerancias de viajero incansable.
GLÓRIA DE LOUEDES
NOITE, FERNANDO PESSOA
A Nau de um deles tinha se perdido
No mar indefinido.
O segundo pediu licença ao Rei
De, na fé e na lei
Da descoberta, ir em procura
Do irmão no mar sem fim e a nevoa escura.
Tempo foi.
Nem primeiro nem segundo
Volveu do fim profundo
Do mar ignoto à pátria por quem dera
O enigma que fizera.
Então terceiro a El-Rei rogou
Licença de os buscar , e El-Rei negou.
Como a um cativo, o ouvem a passar
Os servos do solar.
E, quando o vêem, vêem a figura
Da febre e da amargura,
Com fixos olhos rasos de ânsia
Fitando a proibida azul distancia.
Senhor, os dois irmãos do nosso Nome
O Poder e o Renome --
Ambos se foram pelo mar da edade
À tua eternidade:
E com eles de nós se foi
O que faz a alma poder ser de heroe,
Queremos ir busca-los, d'esta vil
Nossa prisão servil:
É a busca de quem somos na distancia
De nós; e, em febre de ânsia,
A Deus as mãos alçamos.
Mas Deus não dá licença que partamos.
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